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"a sociedade que precisa valorizar a carreira militar"
Rio - Em seu pronunciamento mais forte em defesa dos
quartéis, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a recuperação do poder
de compra dos soldos militares é uma das prioridades do governo. “Não
é só uma questão de governo, mas de toda a sociedade que precisa valorizar a
carreira militar”, declarou o ministro em audiência no Senado, para logo em
seguida mostrar estudos revelando que militares das Forças Armadas receberam
nos últimos 10 anos os menores reajustes quando comparados a aumentos
concedidos a pessoal de gestão, procuradores e demais carreiras de estado.
INTEGRANTE DO JUDICIÁRIO:
Desembargador TJ / RJ Bernardo Moreira Garcez Neto
INTEGRANTES DO LEGISLATIVO:
Deputado Federal Jair Bolsonaro
A CRISE
Saiba como se deu início a crise, após manifesto dos Clubes Militares com assinatura de diversos Generais, coronéis, oficiais, praças e funcionários civis do exército.
MANIFESTO: "ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!"
Número de assinaturas em manifesto militar com críticas a
ministras da presidente saltou de 98 para 235; Planalto decidiu punir quem
aderiu ao documento.
Você pode acessar o documento, íntegra, clicando AQUI.
Lista de assinaturas:
INTEGRANTE DO JUDICIÁRIO:
Desembargador TJ / RJ Bernardo Moreira Garcez Neto
INTEGRANTES DO LEGISLATIVO:
Deputado Federal Jair Bolsonaro
Deputado
Federal Paulo Cesar Quartiero
ORÇAMENTO CURTO
Amorim fez a defesa do reajuste após ser abordado pelo senador Roberto Requião
(PMDB-PR), que sugeriu a abertura de audiência pública para tratar do assunto.
A Coluna apurou que o ministro aprovou a ideia e antecipou ao senador que irá à
audiência, vista com bons olhos também pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) e Ana Júlia Carepa (PT-PA). Amorim defendeu ainda aumento do
orçamento destinado à Defesa.
“Para tornar a sua estrutura de defesa mais compatível com o novo peso do País no cenário internacional, o Brasil deverá elevar gradativamente os seus gastos com defesa a um nível equivalente à média dos demais integrantes da formação original dos Brics – Índia, China e Rússia”, disse o ministro, na audiência promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
No Senado, Amorim citou estudo sueco apontando que no Brasil os gastos com defesa limitam-se a 1,5% do Produto Interno Bruto, abaixo da média das nações equivalentes. Só a África do Sul, incluída recentemente no Brics, tem seus gastos em 2,3% do PIB.
VIR PARA O RIO É PUNIÇÃO
Fontes da Coluna apontam mais um efeito dos soldos baixos: ser transferido para o Rio já é visto como punição fora do estado. Pesam o custo de vida e a adoção do bilhete único, que na Marinha reduz o valor do auxílio transporte.
NAS MÃOS DE DILMA
O tom mais firme de Amorim em defesa dos soldos tem um bastidor interessante. A própria presidenta Dilma apontou este mês que o reajuste é assunto prioritário. Ela revelou que deseja anunciar o aumento para os militares.
SENSIBILIDADE REAL
A sinalização de Dilma fez o ministro garantir aos senadores haver “sensibilidade real” do governo em torno do reajuste dos soldos, que está em estudos. Amorim frisou ainda que para a Defesa “o elemento humano é absolutamente fundamental.”
SILÊNCIO SOBRE ÍNDICE
No Senado, Amorim voltou a não dar data nem índice para o reajuste. Bem que a Coluna tentou obter essas informações na visita dele ao Rio no Dia da Aviação de Caça. Assessores impediram, porém, que a Coluna se aproximasse de Amorim.
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