((V)) Ceará VermelhoTV |
Físicos
afirmam ter encontrado fortes indícios da existência da 'partícula de Deus'
Bóson de
Higgs pode ter a existência confirmada com a divulgação de novos dados nesta
quarta-feira.
Físicos nos
Estados Unidos reportaram nesta segunda-feira a descoberta de fortes indícios
da existência do bóson de Higgs, conhecido como a "Partícula de
Deus". Na teoria, o bóson de Higgs confere massa às demais partículas e
explica o surgimento da matéria. É a última peça que falta no modelo padrão da
física.
"Nossas
informações apontam fortemente para a existência do bóson de Higgs, mas ainda
precisamos dos resultados dos experimentos do Grande Colisor de Hádrons (LHC, maior
acelerador de partículas do mundo, do Centro Europeu de Pesquisa
Nuclear ) para confirmar a descoberta", declarou Rob Roser, porta-voz
do laboratório nacional americano Fermilab (Fermi
National Accelerator Laboratory), no estado de Illinois.
Os resultados do
LHC serão anunciados nesta quarta-feira.
As conclusões
do Fermilab vêm de 10 anos de pesquisas com o Tevatron,
um potente acelerador de partículas que iniciou suas atividades em 1985 e foi
fechado no ano passado. "Desenvolvemos sofisticados programas de simulação
e análise para identificar padrões similares ao bóson de Higgs. Ainda assim, é
mais fácil buscar o rosto de um amigo em um estádio esportivo com 100.000
pessoas do que buscar uma eventual partícula de Higgs entre as bilhões de
colisões", afirma Luciano Ristori, físico do Fermilab e do Instituto
Nacional de Física Nuclear (INFN) italiano.
Os resultados
do Tevatron indicam que a partícula de Higgs, se é que existe, tem uma massa
entre 115 e 135 gigaeletronvolts,
em torno de 130 vezes a massa do próton. Baseado em dois experimentos, a equipe
de especialistas descobriu que há apenas uma chance em 550 de que o sinal
encontrado seja meramente um acaso estatístico.
"Demos
um passo crucial na busca pelo bóson de Higgs", declarou Dmitri Denisov,
físico do Fermilab. "Ninguém esperava que o Tevatron conseguisse isso
quando foi construído, na década de 1980".
As
experiências com o acelerador de partículas mais potente, o LHC, na fronteira
entre a França e a Suíça, apresentaram em dezembro de 2011 "provocadores
indícios" de que a partícula estava escondida em uma estreita faixa de
massa. O LHC mostrou uma possível faixa do bóson de Higgs entre 115 e 127
gigaeletronvolts.
Os
experimentos realizados nos Estados Unidos se aproveitaram desses resultados,
ainda que analisando uma faixa um pouco maior. Agora, a comunidade científica
espera com impaciência os resultados europeus desta semana.
"É um
verdadeiro suspense", afirmou Gregorio Bernardi, físico do Laboratório de
Física Nuclear e de Alta Energia da Universidade de Paris VI e VII.
"Estamos muito empolgados com isso".
Saiba mais
FERMILAB
O Fermi National Accelerator Laboratory é um laboratório localizado nos arredores de Chicago, no Estados Unidos, especializado em física de partículas de alta energia. O Fermilab foi fundando em 1967, mas recebeu esse nome apenas em 1974, em homenagem ao físico italiano Enrico Fermi, um dos pioneiros no estudo da fissão nuclear. O acelerador de partículas Tevatron pertence ao laboratório.
O Fermi National Accelerator Laboratory é um laboratório localizado nos arredores de Chicago, no Estados Unidos, especializado em física de partículas de alta energia. O Fermilab foi fundando em 1967, mas recebeu esse nome apenas em 1974, em homenagem ao físico italiano Enrico Fermi, um dos pioneiros no estudo da fissão nuclear. O acelerador de partículas Tevatron pertence ao laboratório.
TEVATRON
O Tevatron é o segundo maior acelerador de partículas do mundo, com 6,3 quilômetros de circunferência – perde apenas para o LHC, que possui 27 quilômetros. Foi desenvolvido pelo laboratório Fermilab em 1983, ao custo de US$ 120 milhões. Em 30 de setembro de 2011, encerrou suas atividades, mas os dados produzidos continuarão a ser analisados por muitos anos.
O Tevatron é o segundo maior acelerador de partículas do mundo, com 6,3 quilômetros de circunferência – perde apenas para o LHC, que possui 27 quilômetros. Foi desenvolvido pelo laboratório Fermilab em 1983, ao custo de US$ 120 milhões. Em 30 de setembro de 2011, encerrou suas atividades, mas os dados produzidos continuarão a ser analisados por muitos anos.
LHC
O Grande Colisor de Hádrons (do inglês Large Hadron Collider, LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, com 27 quilômetros de circunferência. Ele pertence ao CERN, o centro europeu de pesquisas nucleares e está instalado na fronteira franco-suíça. Em seu interior, partículas são aceleradas até 99,9% da velocidade da luz. Os experimentos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
O Grande Colisor de Hádrons (do inglês Large Hadron Collider, LHC) é o maior acelerador de partículas do mundo, com 27 quilômetros de circunferência. Ele pertence ao CERN, o centro europeu de pesquisas nucleares e está instalado na fronteira franco-suíça. Em seu interior, partículas são aceleradas até 99,9% da velocidade da luz. Os experimentos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
ELÉTRON-VOLT
(eV)
O elétron-volt (eV) é uma unidade de medida que representa a quantidade de energia que um elétron ganha ao ser acelerado com a ajuda de 1 volt, no vácuo. A massa das partículas pode ser expressa em termos de elétron-volt. A relação se dá pela equação de Albert Einstein em que a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente a massa aproximada de um próton.
O elétron-volt (eV) é uma unidade de medida que representa a quantidade de energia que um elétron ganha ao ser acelerado com a ajuda de 1 volt, no vácuo. A massa das partículas pode ser expressa em termos de elétron-volt. A relação se dá pela equação de Albert Einstein em que a energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente a massa aproximada de um próton.
BÓSON DE
HIGGS
O bóson de Higgs é uma partícula subatômica prevista há quase 50 anos. Após décadas de procura, os físicos ainda não conseguiram nenhuma prova de que ela exista. O Higgs é importante porque a existência dele provaria que existe um campo invisível que permeia o universo. Sem o campo, ou algo parecido, nada do que conhecemos existiria. Os cientistas não esperam detectar o campo -- em vez disso, eles esperam encontrar uma pequena deformação nele, chamada bóson de Higgs.
O bóson de Higgs é uma partícula subatômica prevista há quase 50 anos. Após décadas de procura, os físicos ainda não conseguiram nenhuma prova de que ela exista. O Higgs é importante porque a existência dele provaria que existe um campo invisível que permeia o universo. Sem o campo, ou algo parecido, nada do que conhecemos existiria. Os cientistas não esperam detectar o campo -- em vez disso, eles esperam encontrar uma pequena deformação nele, chamada bóson de Higgs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário