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Militares das Forças Armadas fazem marcha virtual por aumento salarial
Cansados de
esperar por iniciativas dos comandos e do Ministério da Defesa para que
consigam reajuste de seus salários, os militares da ativa começaram uma
mobilização por um caminho inusitado: eles estão buscando adesões na internet
para que o assunto seja objeto de discussão na comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional do Senado. Até o início da noite desta segunda-feira, haviam
sido coletadas mais de 206 mil assinaturas de militares e civis em apoio ao
movimento. Essas assinaturas embasaram um pedido já enviado para o Senado,
solicitando a realização de audiência com autoridades como os ministros da
Defesa, Celso Amorim, e do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar do
aumento salarial.
Marcha Virtual
O movimento
já está sendo chamado de "marcha virtual". O assunto já foi parar no
Planalto, mas não está sendo objeto de avaliação pelo palácio, que apenas
acompanha as informações. Há informes no Ministério da Defesa sobre o alto
índice de endividamento da categoria. Os integrantes do movimento virtual
querem chegar a 500 mil assinaturas.
O assunto preocupa o governo até porque,
paralelo à marcha virtual, as mulheres dos militares estão programando um
"panelaço" para ser realizado durante a Rio+20, quando o Brasil
receberá cerca de 120 chefes de Estado e de Governo para a conferência mundial
do meio ambiente. A convocação das mulheres também está sendo feita pela redes
sociais.
130 Oficiais Generais criticam diretamente o Governo
Comentário de Carlos Fico sobre a crise aberta pelo manifesto do Clube Militar que criticava o governo Dilma quanto à hipótese de punições decorrentes dos trabalhos da Comissão da Verdade.
Comentário de Carlos Fico sobre a crise aberta pelo manifesto do Clube Militar que criticava o governo Dilma quanto à hipótese de punições decorrentes dos trabalhos da Comissão da Verdade.
No link da
página do Senado, onde pedem adesão para que o assunto "reajuste salarial"
seja discutido no Congresso, os militares lembram que "não há aumento há
mais de onze anos e a classe se vê obrigada a fazer empréstimo consignado para
sobreviver e não passar por privações".
Há queixas de todas as regiões do
País sobre seus os comandos para que o tema seja levado ao Palácio do Planalto.
No Ministério da Defesa, a informação é que o assunto "é objeto de
tratativas das áreas técnicas da Defesa com Planejamento", mas não há a
menor previsão de quando o assunto poderia ser levado para esferas superiores
ou de quanto poderia ser a proposta de reajuste
As queixas nas Forças Armadas
A Aretomada da movimentação para a votação da PEC 300, que prevê um piso salarial para as Polícias Militares, com conseqüente reajuste de seus vencimentos, será mais um ingrediente para aumentar a temperatura nas Forças Armadas.
Os militares estão muito insatisfeitos com os seus salários e alertam que, em vários casos, eles estão menores do que muitas das PMs, que são Forças Auxiliares das Forças Armadas. Por isso, querem um aumento de 47% e justificam que um coronel da PM de Sergipe, por exemplo, ganha R$ 17,2mil, o do Distrito Federal ganha R$ 16,3 mil enquanto um coronel do Exército recebe R$13mil.
Lembram ainda que um general de Exército, último posto da carreira militar, com 45 anos de serviço, recebe R$ 18,8 mil. Mas as comparações não se limitam às PMs e se estendem pelas demais carreiras de Estado. As tabelas e quadros comparativos entre as categorias apontam que o salário médio no Banco Central é de R$ 17,4 mil, do Ministério Público é R$19,5 mil , no Legislativo, é R$ 13,9 mil e no Judiciário é de R$ 12,3 mil.
Logo que assumiu o cargo, o ministro da Defesa, Celso Amorim, ouviu dos comandantes as queixas da categoria e relatos da pressão que estão sofrendo. Ainda no ano passado, depois de muitas discussões internamente nas três Forças, uma proposta foi encaminhada à Defesa, pedindo o reajuste de 47%. Os militares lembram que o último reajuste que receberam foi em 2008, distribuído em suaves parcelas, sendo a última paga em julho de 2010 e já vieram defasados. Vários estudos circulam na tropa. Só de inflação, desde o último reajuste até o final do ano passado, os militares alegam que já perderam 18%.
Logo que assumiu o cargo, o ministro da Defesa, Celso Amorim, ouviu dos comandantes as queixas da categoria e relatos da pressão que estão sofrendo. Ainda no ano passado, depois de muitas discussões internamente nas três Forças, uma proposta foi encaminhada à Defesa, pedindo o reajuste de 47%. Os militares lembram que o último reajuste que receberam foi em 2008, distribuído em suaves parcelas, sendo a última paga em julho de 2010 e já vieram defasados. Vários estudos circulam na tropa. Só de inflação, desde o último reajuste até o final do ano passado, os militares alegam que já perderam 18%.
O manifesto dos militares das Forças Armadas
Os Clubes Militares, que em muitos casos funcionam como a voz do pessoal da ativa, que não pode se pronunciar, têm batido nesta tecla constantemente. De setembro de 2010 para cá, o Clube Militar, que representa o Exército, já publicou quatro informes sobre a situação salarial da categoria, mostrando as diferenças salariais por enquadramento funcional, que podem ser lidos em sua página na internet. (Agência Estado)
Os Clubes Militares, que em muitos casos funcionam como a voz do pessoal da ativa, que não pode se pronunciar, têm batido nesta tecla constantemente. De setembro de 2010 para cá, o Clube Militar, que representa o Exército, já publicou quatro informes sobre a situação salarial da categoria, mostrando as diferenças salariais por enquadramento funcional, que podem ser lidos em sua página na internet. (Agência Estado)
VEJA TAMBÉM:
A CRISE
Saiba como se deu início a crise, após manifesto dos Clubes Militares com assinatura de diversos Generais, coronéis, oficiais, praças e funcionários civis do exército.
MANIFESTO: "ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!"
Número de assinaturas em manifesto militar com críticas a ministras da presidente saltou de 98 para 235; Planalto decidiu punir quem aderiu ao documento.
INTEGRANTE DO JUDICIÁRIO:
Desembargador TJ / RJ Bernardo Moreira Garcez Neto
INTEGRANTES DO LEGISLATIVO:
Deputado Federal Jair Bolsonaro
Deputado Federal Paulo Cesar Quartiero
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