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Elize responderá, presa, a homicídio triplamente qualificado
O promotor da
5.ª Vara do Júri José Carlos Cosenzo afirmou ontem que houve motivação
financeira por parte de Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, quando matou
e esquartejou o marido, o diretor executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, de
42. O assassinato foi no dia 19 de maio no tríplex onde o casal vivia, na Vila
Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Ele apresentou denúncia e pediu a prisão
preventiva da ré, que foi concedida ontem mesmo pela Justiça.
Segundo o
promotor, havia claro "interesse patrimonial" na morte de Matsunaga,
porque Elize era beneficiária de um seguro de R$ 600 mil e a filha era
herdeira. "Teria independência, ficaria com a guarda da filha e em uma
situação financeira invejável."
Cosenzo disse
que Elize temia o fim do casamento, que já estava arruinado. "Estava
assistindo a um filme do qual ela já foi protagonista. Viu que alguém estava
pegando o lugar dela", afirmou. "Ela não queria perder o status
financeiro", completou. As informações são do jornal O Estado de
S.Paulo.
Nesta terça-feira (12), a Justiça negou o pedido de liberdade da defesa de Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, que confessou ter assassinado e esquartejado o marido em 19 de maio. O advogado de Elize, Luciano Santoro, pediu na última segunda-feira (11) a revogação de sua prisão temporária. Segundo a decisão assinada pelo juiz Théo Assuar Gragnano, do Tribunal de Justiça de São Paulo, o "Ministério Público opinou contrariamente à liberdade, articulando que o inquérito ainda não foi relatado e distribuído, a revelar que as investigações não foram concluídas".
Em depoimento
à Polícia Civil, a amante do empresário Marcos Kitano Matsunaga, diretor
executivo da Yoki, afirmou que tinha um caso com ele desde o início deste
ano. De acordo com ela, eles se viam toda semana desde o dia 13 de fevereiro e
Marcos já tinha relatado que o casamento com Elize não ia bem. Segundo a jovem,
ele teria dito, inclusive, que tinha medo que Elize fizesse algo contra
ele.
O depoimento foi ouvido na última sexta-feira (8), mas a polícia divulgou as informações apenas nesta semana. De acordo com a jovem, desde março os dois se viam duas vezes por semana e Marcos pagava a ela R$ 4 mil por mês. Ela disse que chegou a viajar com ele para Marília, interior de São Paulo, para conhecer a fábrica da família.
O depoimento foi ouvido na última sexta-feira (8), mas a polícia divulgou as informações apenas nesta semana. De acordo com a jovem, desde março os dois se viam duas vezes por semana e Marcos pagava a ela R$ 4 mil por mês. Ela disse que chegou a viajar com ele para Marília, interior de São Paulo, para conhecer a fábrica da família.
No dia
seguinte, os dois foram para Montevidéu. Depois disso, a jovem conta
que os dois saiam sempre para almoçar e jantar e que
Marcos comentava que ele e Elize brigavam bastante. Segundo ela, ele
chegou a falar que queria se separar, mas o casal estava fazendo terapia toda
semana.
Reconstituição da morte e esquartejamento de empresário da YOKI
Agência O Globo - Diários
Associados
O
bilionário Marcos Kitano Matsunaga, 42, encontrado esquartejado na última
segunda-feira (4 de junho) em São Paulo, ocupava o cargo de executivo-chefe da
fabricante de alimentos Yoki. A marca foi vendida recentemente por quase R$ 2
bilhões.
As poucas informações sobre executivo em seu perfil em uma rede social com contatos profissionais dão pistas de que o diretor-executivo da Yoki era reservado.
As poucas informações sobre executivo em seu perfil em uma rede social com contatos profissionais dão pistas de que o diretor-executivo da Yoki era reservado.
Formado em
administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), Matsunaga era divorciado e
teve uma filha em 2009 antes de se casar com Elize Matsunaga (foto à direita)
— assassina confessa do executivo.
Com ela, ele teve mais uma filha há aproximadamente um ano. A comunhão do casal foi permitida pela igreja anglicana, que aceita nova união religiosa. Não há informações sobre a comunhão total de bens
Com ela, ele teve mais uma filha há aproximadamente um ano. A comunhão do casal foi permitida pela igreja anglicana, que aceita nova união religiosa. Não há informações sobre a comunhão total de bens
Também
da família Kitano, outra grande rede de alimentos, Marcos Kitano Matsunaga, era
neto do fundador da marca, Yoshizo Kitano. A empresa foi fundada em 1960 e
vendia cereais e especiarias. Nas décadas seguintes, a Kitano passou a vender
produtos com sua marca, como chás e gelatinas.
A Yoki foi
fundada em 1960 e emprega atualmente mais de 5.000 funcionários. A companhia
encerrou 2011 com faturamento de R$ 1,1 bilhão.
O bilionário Marcos Kitano Matsunaga, 42, encontrado esquartejado na última segunda-feira (5) em São Paulo, ocupava o cargo de executivo-chefe da fabricante de alimentos
O bilionário Marcos Kitano Matsunaga, 42, encontrado esquartejado na última segunda-feira (5) em São Paulo, ocupava o cargo de executivo-chefe da fabricante de alimentos
A reconstituição
Um boneco com a altura e o peso de Marcos foi utilizado na reconstituição, feita no apartamento do 17º andar do prédio, localizado na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. Segundo os policiais, durante a perícia, Elize declarou que chegou a pensar em avisar a polícia, logo após ter atirado no marido.
Os peritos saíram do prédio com material recolhido e algumas dúvidas esclarecidas. "Ela falou que arrastou a vítima por um caminho e tinha sangue exatamente nesse caminho. O tiro foi na sala e ela arrastou para um quarto", disse o perito Ricardo Salada.
No local, foram apreendidas 30 armas — entre elas pistolas, fuzis e até submetralhadora —, além de munição para 10 mil tiros. "Todas legalizadas e regulamentadas para uso de colecionador", afirmou o delegado Mauro Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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