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A Comissão de
Trabalho, de Administração e Serviço Público realizará nesta quinta-feira (14)
audiência pública sobre a unificação das polícias Civil e Militar.
O debate foi
proposto pelo deputado Chico Lopes (PCdoB-CE). “As estatísticas dos órgãos de
prevenção e repressão não param de revelar o crescimento contínuo da
criminalidade no País. Convém lembrar como chegamos à situação atual – o fato
de haver duas polícias: uma militar, encarregada do policiamento ostensivo, e
outra civil, com atribuições de polícia investigativa”, disse ele.
“A proposta
da unificação das polícias tem causado muita polêmica, e constantes debates
estão sendo realizados entre os profissionais de segurança pública, agentes
políticos e a sociedade em geral. Por isso, considero oportuna a realização
desta audiência pública”, acrescentou.
A unificação, bem ainda a desmilitarização é uma pauta que já motivou alguns encontros nacionais de praças militares de diversos estados da federação (veja imagem abaixo).
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A unificação das polícias e consequente
desmilitarização não é matéria nova na discussão do Congresso Nacional. Já em 2009, os militares estaduais cearences já pugnavam pela mudança, mantendo diálogo com lideranças políticas e já vislumbravam que para conquistar a unificação das polícias, primeiro tinham que realizar a unificação de pensamento da categoria no âmbito nacional.
A discussão agora entra num caminho que será longo, devido a natureza polêmica da matéria, mas é um começo após anos de luta da categoria, caminhadas de protesto e greves.
Foram
convidados para a Audiência Pública:
- representantes dos ministérios da Justiça e da Defesa;
- o secretário de Segurança de São Bernardo do Campo (SP), Benedito Mariano, que é membro do Conselho de Gestores das Guardas Municipais;
- o presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, Ranolfo Vieira Jr.;
- o presidente do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares, Nazareno Marcineiro.
A reunião
será realizada às 10 horas, no Plenário 12.
Fonte:
Agencia Câmara de Noticias.
Países da ONU recomendam o fim das polícias militares no Brasil
O Conselho de
Direitos Humanos da ONU pediu nesta quarta-feira (30/05) ao Brasil maiores
esforços para combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que
trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de assassinatos.
Esta é uma de
170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram hoje
como parte do relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico
Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.
A
recomendação em favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a
abolição do "sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais
eficazes (...) para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais".
A Coreia do
Sul falou diretamente de "esquadrões da morte" e Austrália sugeriu a
Brasília que outros governos estaduais "considerem aplicar programas
similares aos da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) criada no Rio de
Janeiro".
Já a Espanha
solicitou a "revisão dos programas de formação em direitos humanos para as
forças de segurança, insistindo no uso da força de acordo com os critérios de
necessidade e de proporcionalidade, e pondo fim às execuções extrajudiciais".
O relatório
destaca a importância de que o Brasil garanta que todos os crimes cometidos por
agentes da ordem sejam investigados de maneira independente e que se combata a
impunidade dos crimes cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos.
O Paraguai
recomendou ao país "seguir trabalhando no fortalecimento do processo de
busca da verdade" e a Argentina quer novos "esforços para garantir o
direito à verdade às vítimas de graves violações dos direitos humanos e a suas
famílias".
A França, por
sua parte, quer garantias para que "a Comissão da Verdade criada em
novembro de 2011 seja provida dos recursos necessários para reconhecer o
direito das vítimas à justiça".
Muitas das
delegações que participaram do exame ao Brasil concordaram também nas
recomendações em favor de uma melhoria das condições penitenciárias, sobretudo
no caso das mulheres, que são vítimas de novos abusos quando estão presas.
Neste
sentido, recomendaram "reformar o sistema penitenciário para reduzir o
nível de superlotação e melhorar as condições de vida das pessoas privadas de
liberdade".
Olhando mais
adiante, o Canadá pediu garantias para que a reestruturação urbana visando à
Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016 "seja devidamente
regulada para prevenir deslocamentos e despejos".







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